quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Dragon Ball GT: Final Bout Análise

Título: Dragon Ball GT: Final Bout

Lançamento: 1 de Outubro, 1997(US)/24 de Agosto, 2004 (US - 2nd Edition Reprint)/21 de Agosto, 1997 (JP)/23 de Julho, 1998 (JP - Playstation ,The Best)/2 de Novembro, 1997(EU)/4 de Outubro, 2002(EU - 2nd Edition Reprint)
Regiões: EUA(NTSC-U/C), Japão(NTSC-J) e Europa(PAL)
Produtora: Bandai
Distribuidora: Bandai(1st Edition)/Atari(2nd Edition - Reprint)
Jogadores: 1-2 Players
Mídia: CD
Gênero: Luta em 3D
Censura: T - Teen/+13
Consoles: Playstation - Título Exclusivo

1- Introdução
Depois da chegada do Playstation, os jogos adeririam em sua maioria ao modelo 3D(permitido após a chegada do console, e utilizado em jogos como Metal Gear Solid, Final Fantasy VII, Resident Evil, Tekken, etc.), deixando obsoleto o antigo modelo 2D dos consoles anteriores. Pensando nisso (provavelmente também pelo fracasso que foi Ultimate Battle 22) a Bandai decide lançar ''Final Bout'' utilizando esse novo sistema para enfim trazer algo novo aos jogos, baseados na franquia de sucesso, e claro, fazer a alegria dos fãs, embora não tenha sido bem isso o que aconteceu.

Com uma péssima jogabilidade, gráficos medíocres (até mesmo para o console) e ambientes limitados e extremamente mal-feitos, Final Bout se mostrava um decepcionante jogo de luta. Por ter sido o primeiro jogo de Dragon Ball em anos a aparecer no ocidente, pode ter sido bem considerado na época do lançamento, especialmente para os fãs, mas mesmo eles devem ter ficado decepcionados, tamanha a falta de qualidades necessárias para tornar este jogo, pelo menos, aceitável.

2- Story
Com Legends e Ultimate Battle 22 já terem adaptado a série ''Z'' para o console no japão, a Bandai decidiu criar um jogo baseado na última saga do anime, no caso ''Dragon Ball GT''. Embora seja considerada por muitos a pior fase de Goku e Cia. felizmente (ou infelizmente, depende do ponto de vista) os problemas do roteiro em GT não afetam em nada o jogo. Ainda assim deve-se levar em conta que não houve nenhuma preocupação em contar a história do anime através das fases do jogo (que,assim como em Ultimate Battle 22,não passa de um modo ''Arcade'‘, com nem um pingo de história ou lógica no mesmo), que se resumem a lutar até chegar ao Boss final (aqui, no caso o Baby Vegeta Oozaru ou o Goku Super Saiajin 4) e depois disso, nem mesmo ter um final decente, partindo logo para os créditos finais.

3- Modos de jogo
Assim como em UB22, o jogo possui os quatro modos principais do mesmo,com mais um extra:

-- Battle Mode: Modo básico de 1 Player, onde o jogador escolhe entre oito personagens (17 usando código ou liberando através desse modo ou do Build-Up) e vai batalhando contra lutadores que aparecem de forma aleatória até o confronto final contra Baby Vegeta Oozaru (ou Goku SSJ4, a depender da forma como o chefe anterior for derrotado).

-- Tournament Mode: Comum em quase todos os jogos de DB, aqui você escolhe entre oito lutadores (contando com você mesmo) para competir no Torneio de Artes Marciais para assim escolher o guerreiro mais forte do universo.

-- Build-Up Mode: Vindo de UB22, aqui você escolhe um dos diversos lutadores do jogo e vai lutando contra outros guerreiros para assim, poder aumentar suas habilidades, e conseqüentemente, aumentar sua força e dano nos ataques,seja em socos,chutes ou Golpes especiais. Algo interessante nesse novo modo é a possibilidade de utilizar os saves de Ultimate Battle 22 do memory card (com seu personagem com um nível já avançado) para assim já começar com um personagem num nível maior. Ainda que seja útil, é um recurso um tanto limitado, já que só é possível fazer isso com os personagens do jogo que estão presentes em UB22.

-- Build-Up Battle: Aqui você e mais um amigo com um save de Final Bout batalham um contra o outro utilizando seus personagens melhorados pelo modo ''Build-Up''.

-- Training Mode: Modo básico para treinar golpes, poderes especiais e combos dos personagens. Infelizmente faltou uma lista com os golpes de cada personagem, e á menos que você procure em detonados, a chance de aprender alguma coisa no modo Training é pequena, considerando o que ele poderia ter sido. Ainda assim é necessário para se acostumar a fraca jogabilidade antes de partir para o Battle Mode, e acredite isso será necessário.

No fim das contas,nenhum modo realmente novo, e nesse fator o jogo acaba sendo por demais básico.

4- Gráficos
Nesse fator encontramos uma espécie de ''meio-termo'‘. Enquanto os personagens estão bem desenvolvidos, com as características comuns e o que os tornam reconhecíveis ao jogador, os cenários por outro lado são extremamente mal-feitos. A parte de fundo do cenário é quase tão ruim quanto em Ultimate Battle e simplesmente não há interação nenhuma com o mesmo. Ao menos voar dessa vez não é um constrangimento como no jogo anterior e o tamanho do ambiente no ar é relativamente grande e isso melhora um pouco a experiência, ainda que a jogabilidade coloque tudo a perder.

Os Ultimate Attacks dos personagens pelo menos tiveram uma melhora em relação aos outros jogos e estão um pouco mais fiéis, com direito a uma animação dos personagens antes de efetuarem o golpe. Ainda assim no geral, os gráficos do jogo são medianos e não aproveitam mais da capacidade do console. A Bandai, mesmo depois de dois jogos, ainda não tinha entendido isso.

5- Som
5.1- Efeitos Sonoros: Nesse fator, pelo menos Final Bout cumpre bem o seu trabalho. Todos os efeitos sonoros do jogo foram tirados do anime, e isso dá certa nostalgia (fãs pelo menos irão sentir isso). Além disso, estão bem sincronizados, logo ponto a favor do jogo.
5.2- Dublagem: Muita gente não sabe, mas nos EUA, Dragon Ball já teve várias dublagens (sendo a mais famosa a da Funimation, com nomes como Christopher Sabat, Sean Schemmel e Kyle Hebert). Em Final Bout a escolhida foi uma das primeiras, com nomes como Stefen Blum, Milton James e Dan Woren. Não é lá uma das melhores, mas pelo menos substitui a dublagem japonesa (diferente de Ultimate Battle 22).
5.3- Trilha Sonora: Este talvez seja o melhor aspecto do jogo. Composta por Kenji Yamamoto (velho conhecido, compôs a música de quase todos os jogos da série, desde a época do SNES até o PS3), a música do jogo é muito boa, com alguns temas muito legais, sendo um dos mais famosos o "Hikari no Willpower”, também conhecido como ''The Future Trunks theme'‘. Além disso, tem a ótima música de abertura cantada por Hironobu Kageyama (que também é cantor das aberturas do anime e de outros jogos como Budokai 2, Budokai 3 e Tenkaichi 3) chamada ''The Biggest Fight'‘. Nesse quesito, mantém o padrão de qualidade da maior parte dos jogos de Dragon Ball.

Lista de Músicas

1- The Biggest Fight
2- Journey of Adventure
3- Son Goku's Fighting Routine Waltz
4- Son Goku's New Flight!
5- I Won't Forget You
6- The Golden Warrior
7- Symphony in D-minor: "Majin"
8- The Gleaming Potara!
9- Thank You!
10- Wish of Pan
11- Symphonic Poem: "Revenge"
12- Hero of Heroes
13- Bônus Track: Willpower of Light

6- Jogabilidade
É exatamente esse ponto onde o jogo cai de vez em qualidade. A jogabilidade é péssima, os comandos são extremamente lentos, a sensação é de que você está dentro da nave criada por Bulma com a gravidade 200x maior que a da terra. É simplesmente bem complicado realizar ataques efetivos em Final Bout e isso quebra totalmente o ritmo das lutas. Os comandos do jogo são bem semelhantes aos de Ultimate Battle 22(até mesmo os Ultimate attacks são realizados da mesma forma), só que com algumas pequenas mudanças. Algumas novidades até tentam ajudar, mas não o suficiente como o ''Special Knockout Trick'‘, que mostra uma animação antes do golpe especial e que parece aumentar o dano do mesmo no adversário, sendo executado em uma relativa distância do mesmo e que pode ser defendido, desviado ou mesmo devolvido ao personagem ao apertar um determinado botão no momento certo.

Outra novidade (vinda de DBZ: Legends) é o chamado ''Meteor Smash'' que consiste em uma sequência de golpes realizados pelo jogador contra o inimigo. Quanto mais golpes, maior o dano dos mesmos. Mas há um limite e o adversário pode contra-atacar, sendo recomendável após certa quantidade de combos finalizar com um Ultimate Attack. Na prática, isso não é difícil de fazer, mas devido à difícil movimentação é preciso muita prática antes de tentar contra um inimigo de verdade. Infelizmente são boas idéias que acabam sendo prejudicada pela péssima jogabilidade, coisa que na lógica, jamais deveria existir em jogos de luta.

Lista de Comandos
quadrado Punch
triângulo Ki Attack
X Defense
círculo Kick
L1: Dash
R1: Dash
R2: Meteor Smash Kick
Cima Jump/Up
Baixo Down
Esquerda Back/Front
Direito Front/Back

7- Câmera
Como o jogo é em 3D, a câmera em diversos momentos faz giros e acompanha o personagem onde quer que ele esteja no cenário. Nesse ponto, o jogo é competente, mas ainda possui um problema: ao atacar ou ser atacado por um Ki Blast, a câmera é voltada somente para quem foi afetado, logo realizar um golpe após isso é complicado, pois você simplesmente não pode ver seu personagem e mais uma vez o ritmo da luta é quebrado. Fora isso, ela funciona corretamente no jogo.

8- Replay
Outro ponto negativo no jogo, não há praticamente nenhum extra á ser liberado a não serem os personagens adicionais (que podem ser liberados facilmente através do código do jogo). Nem mesmo um novo modo é habilitado e não há nada que justifique o esforço feito para terminar Final Bout, infelizmente.

9- Imagens





10- Videos




11- Conclusão
Enfim, por ser o primeiro jogo de Dragon Ball a ser lançado no ocidente (e o último jogo para o console depois de Ultimate Battle 22 e Legends), a Bandai deveria ter visto a importância de tal jogo e realmente respeitado os fãs ao criar um jogo de qualidade para os mesmos. Infelizmente não foi isso que aconteceu e a carreira do anime no Playstation mostrou ser falha em quase todos os sentidos. Mesmo com as poucas melhoras em comparação aos anteriores, infelizmente tudo que um jogo de luta de qualidade precisa ter, passa longe em Dragon Ball GT: Final Bout. Vale só por curiosidade, ainda mais hoje em dia, onde você poderá encontrar muito mais diversão em séries como Budokai e Budokai Tenkaichi.

12- Considerações Finais
--Pontos Positivos
-Modelo dos personagens aceitável
-Meteor Smash e Special Knockout Trick são boas adições,preparando o jogador para o que estava por vir em Budokai e Tenkaichi
-Boa quantidade de personagens,misturando o universo DBZ e DBGT
-Trilha sonora muito boa
-Ótima animação de abertura,ainda mais na versão japonesa

--Pontos Negativos
-Péssima jogabilidade,ainda pior que a de Ultimate Battle 22
-Cenários mal-feitos e repetitivos
-Modo replay muito fraco
-Modos de jogo básicos e se nenhuma grande novidade
-Mais uma vez não existe um modo Story no jogo

13- Notas Finais

Gráficos = 4.0
Som = 7.5
Jogabilidade = 2.0
Replay = 2.5
Câmera = 6.0

Nota Final* = 4.5

*Essa nota não tem relação direta com as demais, expressando somente a minha opinião sobre o jogo no seu geral, e não em seus aspectos técnicos.

14- Notas da Crítica
Gamespot = 3.3/10
GameRankings = 46%/100%
GameStats = 4.8/10
GamePro = 3/5
IGN = 3.0/10
Official PlayStation Magazine (US) = 2/5
PSM = 1.5/5
Game Force = 2.2/10
VicioJuegos = 41/100
Thunderbolt Games = 3/5
Mega Score = 89/100
World of PlayStation = 9/10

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